Presidenta Dilma defende políticas a longo prazo e dá posse ao Ministro Unger
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Presidente deu posse nesta quinta ao novo ministro de Assuntos Estratégicos.
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (5), durante a posse do novo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, que o governo realize política a longo prazo. Na avaliação dela, mesmo que o governo termine em dezembro de 2018, é preciso deixar “herança e legado” para as próximas gerações.
No discurso, a presidente não mencionou a saída de Graça Foster do comando da Petrobras. A renúncia da então presidente da estatal foi divulgada nesta quarta (4). Na solenidade desta quinta, Dilma preferiu se ater a temas relacionados com a secretaria de Unger.
“Nós precisamos ligar todas as políticas de curto prazo a uma visão de longo prazo do nosso país. Mesmo que o nosso governo tenha um término, que será em dezembro de 2018, são necessárias – quando se faz a política pública diuturnamente – medidas de efeito prático imediato, mas também é necessário que se conceba aquelas políticas de longo prazo, que serão a herança e o legado que se deixará para as próximas gerações”, disse a presidente.
A Secretaria de Assuntos Estratégicos foi criada oficialmente em 2008, em substituição à então Secretaria de Planejamento a Longo Prazo. É atribuição da pasta assessorar o presidente da República “no planejamento nacional e na formulação de políticas públicas de longo prazo voltadas ao desenvolvimento nacional”.
O professor Mangabeira Unger será o ministro de Assuntos Estratégicos e substituirá o atual chefe da pasta, Marcelo Neri.
Unger já comandou a pasta, entre 2007 e 2009, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e entrou em 2013 para a lista de intelectuais do ano da revista britânica “Prospect”.
O ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, o economista Marcelo Neri entrou para o ministério de Dilma em 2013 e chegou a tomar posse em 1º de janeiro deste ano como chefe da pasta.
Em nota divulgada à imprensa na última terça (3), o Palácio do Planalto não explicou os motivos da saída de Néri que, no mês passado, representou o Brasil ao lado do ministro Joaquim Levy (Fazenda) no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).
Na cerimônia, que durou menos de quinze minutos e foi realizada na sala de audiências da presidente, Dilma e Unger assinaram o termo de posse e o novo ministro não discursou. Geralmente, as posses ocorrem no Salão Nobre do Palácio do Planalto e diversos ministros e autoridades são convidados. A presidente não falou à imprensa após o evento.
Ao defender as políticas de longo prazo, Dilma ressaltou que espera do novo ministro o assessoramento necessário para que o governo identifique as melhores alternativas para enfrentar “todos os desafios” dos próximos anos.
No discurso, que durou pouco mais de dez minutos, a presidente afirmou que o Brasil precisa investir na qualidade da educação, estimular a inovação e “caminhar” para aumentar a competitividade da economia. “É imprescindível para a continuidade da inclusão social o crescimento econômico”, ressaltou.
“Eu acredito que fazer do Brasil uma pátria educadora é investir muito na qualidade da nossa educação, é transformar, como sempre dissemos, o nosso passaporte do pré-sal em qualidade educacional, mas é também fortalecer valores, é fortalecer direitos de cada cidadão”, destacou.
Praticamente metade do discurso da presidente foi direcionada a enaltecer o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos Marcelo Néri, que deixou o cargo nesta quinta. Dilma disse que foi ele, “um brilhante pesquisador”, o responsável por identificar no governo a ascensão social nos últimos anos e elaborar estratégias com base na chamada “nova classe média”.
Fonte:
G1