Mobilidade urbana e qualidade de vida são prioridades do Governo Grana
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Em entrevista ao ABCD MAIOR, prefeito de Santo André garante que o cumprimento das propostas previstas em seu programa de governo está dentro do prazo
Em entrevista ao ABCD MAIOR, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), garante que o cumprimento das propostas previstas em seu programa de governo para a cidade está dentro do prazo. Entre as melhorias, está a implantação do Bilhete Único, a construção de duas mil moradias, além dos investimentos para a vila de Paranapiacaba e da ampliação do número de leitos em UTI.
ABCD MAIOR – Qual a expectativa para a segunda metade de seu mandato?
Carlos Grana – Temos conseguido realizar boa parte do nosso plano de governo, cerca de 50% das ações. Entre as conquistas, está o bilhete único, que implementamos logo no primeiro ano de governo. Agora, tem o passe escolar gratuito; ou seja, beneficiamos milhares de pessoas em toda a cidade, além de ter diminuído o tempo de viagem. Também fizemos corredores de ônibus e o aplicativo para celular que é uma forma de saber exatamente que horas o seu ônibus chega no ponto de ônibus. Se olharmos a área de educação, conseguimos ampliar o número de creches. Vamos inaugurar mais uma unidade no Jardim Milena e até o fim do ano teremos dez creches novas. Ainda na área de ensino, entregamos os kits escolares no primeiro dia de ano.
Diante disso, o senhor diria que a mobilidade urbana e a educação são as marcas de seu governo
– Estamos trabalhando em três grandes eixos: mobilidade urbana, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável. Então, o governo atua de forma integrada com esses três eixos prioritários.
A deficiência na área habitacional ainda é um problema em Santo André?
– Nosso programa de governo aponta a construção de três mil unidades; entregamos duas mil e já está em fase de contratação e início de obras. Provavelmente, entregaremos a maior parte já em 2016. Isso proporcionou a remoção de famílias que viviam em condições sub-humanas na avenida Luiz Ignácio Anhaia Mello, no Homero Thon. As pessoas viviam em cima de um córrego e aí removemos 100% das famílias. Um outro núcleo que estava ocupado desde 1975 é a Comunidade Gamboa, do lado do Parque Central, onde um total de quase mil famílias foram remanejadas e hoje estão em apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida. O terceiro, que está em curso, é o núcleo Espírito Santo, onde 800 famílias vivem em cima do lixão e também estão sendo removidas para o conjunto Guaratinguetá, totalmente concluído. Depois de 5 anos, várias famílias da Graciliano Ramos, na Vila Scapelli, que viviam em alojamento, agora moram em apartamento.
A área da saúde é uma da mais sensíveis de um governo. O que conseguiu melhorar na sua gestão
– Na Saúde, dobramos de 17 para 34 o número de leitos de UTI no CHM (Centro Hospitalar Municipal). Tivemos várias ações importantes, como a aquisição de um equipamento de ressonância magnética. Antes, dependíamos do Hospital Estadual Mário Covas, que nos disponibilizava 30 vagas por mês. Ainda está prevista para no mês de abril a entrega do serviço Hospital Dia, que vai fazer cirurgias de baixa complexidade. A pessoa faz cirurgia pela manhã e à tarde volta para a casa e não tem necessidade de internação. Isso melhora a qualidade e diminui a fila. Vamos iniciar em breve a reforma e ampliação do pronto socorro do Centro Hospitalar Municipal.
Dos prefeitos eleitos ou reeleitos nas eleições municipais de 2012, o senhor é o que menos promoveu alterações em sua equipe de governo. Está satisfeito com o time montado no começo do mandato?
– Estou muito satisfeito com nosso secretariado. Somente dois secretários foram trocados. Eventualmente, alguns ajustes ainda poderão ocorrer. Mas nossa equipe é muito unida.
O senhor conseguiu cumprir as prioridades apontadas pelos moradores no Orçamento Participativo (OP)?
– Neste ano, as audiências serão de prestação de contas. Faremos isso no segundo semestre, quando divulgaremos o que foi realizado e o que tem para realizar. Conseguimos concretizar mais de 80% das indicações. No entanto, algumas coisas no OP são mais difíceis de se concretizar devido às limitações orçamentárias. Por exemplo, uma das demandas apontadas foi darmos tablets para cada estudante da rede municipal de ensino. Não é tão simples assim, já que são 35 mil alunos.
Como está o projeto de revitalização de Paranapiacaba?
– São quase R$ 50 milhões que estão sendo executados e vão transformar a Vila de Paranapiacaba em uma dos melhores pontos turísticos do Estado; inclusive, a Vila é candidata a patrimônio da humanidade. As obras da biblioteca já vão começar e ainda 248 residências serão restauradas.
Sobre as eleições municipais de 2016, o senhor acredita que o quadro atual, de recrudescimento do debate político, pode interferir na disputa?
– Em pequena escala sim. Tenho a convicção de que a eleição municipal é muito particular, tem a realidade e temas locais. As pessoas querem saber se estamos atendendo o que propomos realizar, os nossos compromissos. Portanto, a influência será de baixa escala. O eleitor vai avaliar o que é melhor para ele e se atende suas perspectivas. O debate vai ser de projetos, ou seja, tudo será em função da educação, saúde, segurança e mobilidade.
Fonte: ABCD Maior