Do total, nove foram por videolaparoscopia, processo minimamente invasivo ao paciente; novo serviço do CHM tem internação por até 24 horas
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Santo André, 20 de maio de 2015 – Após quase 15 dias de abertura da unidade de HD (Hospital Dia) do CHM (Centro Hospitalar Municipal), ex-Santa Casa, foram realizados, até o momento (20), 60 procedimentos, dos quais, nove de vesículas por videolaparoscopia, processo minimamente invasivo ao paciente. O novo serviço público, instalado no segundo andar, oferece cirurgias de pequena e média complexidade e a pessoa permanece internada por até 24 horas.
Os números incluem ainda 131 internações, entre pré e pós-operatório, segundo a enfermeira Luciana Cristina da Silva, coordenadora da Enfermagem do Bloco Cirúrgico do CHM. A idade dos pacientes variou entre 25 e 67 anos, a maioria do sexo masculino. As demais cirurgias no Hospital Dia, realizadas de 4 a 20 de maio – com exceção dos sábados e domingos, foram de cálculo renal, fimose, vasectomia e pequenos procedimentos de plásticas corretivas.
“O número de internações é maior que o de procedimentos realizados, uma vez que o Hospital Dia está fazendo o pré-operatório das cirurgias eletivas (aquelas que são agendadas e não consideradas de urgência) do Centro Cirúrgico, instalado no terceiro andar do prédio”, explicou o médico Carlos Eduardo Rodante Corsi, coordenador do Bloco Cirúrgico, que inclui o novo serviço oferecido pelo CHM.
O Hospital Dia possui duas salas cirúrgicas para realização dos procedimentos, entre eles, hérnias, varizes e hemorróidas, além de 11 leitos. O espaço, que abrigou o centro obstétrico no passado e transferido em 2008 para o Hospital da Mulher, estava desativado. A área abriga ainda duas salas para realização dos exames de endoscopia, com alta demanda entre os agendamentos na rede municipal de saúde.
‘CHIQUÊ’ – A revitalização da área, com direito à sala de espera aos familiares, foi aprovada pela cuidadora Maria Rosa e Silva, 50 anos, atualmente sem emprego e moradora na Vila Junqueira, em Santo André, que acompanhava a filha Elisângela Silva de Alencar, 26 anos, com deficiência mental leve. “Achei uma maravilha. Como dizem por aí, ficou um chiquê”, disse, admirada, a dona de casa. A paciente foi internada às 6h30, passou por procedimento cirúrgico às 9h, e teve alta exatamente às 15h. “Gostei e achei interessante. É bom continuar assim”, disse Elisângela, que, por conta de algumas limitações físicas, costuma frequentar o complexo hospitalar.
Para o coordenador do Hospital Dia, primeiramente, o novo serviço facilitou o manuseio interno dos pacientes da internação até a alta hospitalar. A ideia da direção do CHM é aumentar em até 20% a capacidade, além de diminuir a fila de espera de pessoas que aguardam procedimentos eletivos – o complexo hospitalar é porta aberta para qualquer paciente do SUS (Sistema Único de Saúde), principalmente dos casos de urgência e emergência e de vítimas de acidentes de trânsito. Estima-se que sejam realizadas em torno de seis mil cirurgias por ano.
Outro benefício, segundo Corsi, ficou por conta de procedimentos mais atuais e seguros, como é o caso das cirurgias por videolaparoscopia, que passaram a ser realizadas e eram antigo desejo do corpo médico. O sistema consiste na introdução de microcâmera e do instrumental cirúrgico através de tubos, devidamente colocado por pequenas incisões na região do umbigo. A recuperação do paciente torna-se mais rápida às atividades diárias, além de ser uma cirurgia minimamente invasiva.
PIONEIRO – O CHM é o primeiro equipamento público municipal a oferecer essa modalidade de atendimento ao usuário do SUS. Em Santo André, o Hospital Estadual Mário Covas e o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), ambos do governo do Estado, possuem o serviço de cirurgias eletivas rápidas (sem urgência) e de internação parcial.
No Grande ABC, a mesma filosofia está empregada no Hospital de Ensino Anchieta (São Bernardo) e no Hospital Quarteirão da Saúde (Diadema). “O CHM oferece ao paciente um espaço diferenciado de internação fora do padrão de hospital público”, apontou Corsi, cirurgião especialista do aparelho digestivo.
Sobre a Secretaria de Saúde
Com orçamento previsto de R$ 449.899 milhões para 2015, a Secretaria de Saúde tem destinado o maior valor da peça orçamentária da Prefeitura de Santo André. O governo tem na Pasta uma de suas prioridades, inclusive com a construção de novos equipamentos públicos aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).
A rede de saúde municipal é composta por 33 USs (Unidades de Saúde); dois hospitais (Centro Hospitalar Municipal e Hospital da Mulher); três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas; quatro PAs (Prontos Atendimentos) 24 horas; três Centros de Especialidades Médicas; um Centro de Reabilitação Municipal; dois Centros de Especialidades Odontológicas; um Ambulatório de Moléstias Infecciosas; um Centro de Referência de Saúde do Trabalhador, um Centro de Terapia Comunitária e um laboratório de análises clínicas, além do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Na área de Saúde Mental, são quatro Naps (Núcleos de Atenção Psicossocial), um Caps (Centros de Atenção Psicossocial), quatro residências terapêuticas, duas repúblicas terapêuticas, um consultório na rua (veículo), um Centro de Atenção à Saúde Mental e um Núcleo de Projetos Especiais. Na diretoria de Vigilância à Saúde, o município dispõe de divisões de Vigilância Sanitária; Epidemiológica; Saúde do Trabalhador e Controle de Zoonoses e Ambiental.
A Secretaria de Saúde trabalha em parceria com a Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, que oferece vários serviços e atendimentos à população. A Pasta também oferece apoio diagnóstico e terapêutico, desde municipal até terceirizado, por meio de contratos e convênios.
A respeito de Santo André
A Vila de Santo André da Borda do Campo foi fundada em 8 de abril de 1553 e extinta em 1560. A localidade passou a ser parte do município de São Paulo e apenas em 1889 é que a região passou a ter um município com nome de São Bernardo. Este abrigava todo o ABC, e com a transferência de sede em 1939 passou a ser denominado Santo André. Este nome permaneceu, e após diversas emancipações de distritos, em 1953, o município de Santo André passou a ter a área atual de 174,38 km².
Localiza-se no ABC paulista (Região Metropolitana de São Paulo), distante 18 km da Capital. A cidade é estratégica para o setor logístico, pois está inserida no principal polo econômico brasileiro, próxima a algumas das principais rodovias estaduais e federais, as quais dão acesso ao Porto de Santos e aos aeroportos de Cumbica e de Congonhas.
Conforme último Censo, divulgado em 2010, com estimativa para 2014, Santo André possui 707.613 habitantes. No ano de 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) foi de R$ 18,085 bilhões, sendo o 32º maior do País e o 12º maior entre as cidades do Estado de São Paulo. O orçamento previsto para 2015 é de R$ 3,178 bilhões.
Mais informações para a imprensa
Elaine Granconato – esgranconato@santoandre.sp.gov.br