#NãoFecheMinhaEscola: Alunos ocupam Américo, Galeão e Antunes em Santo André
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Manifestações seguem contra a “reorganização escolar” anunciada pelo governo do Estado
Mais três escolas foram ocupadas por seus alunos que protestam contra a “reorganização escolar” anunciada pelo governo do Estado para entrar em vigor no ano que vem. A reorganização pretende fechar unidades e mudar o sistema de turnos em outras.
Uma das escolas é a Professor José Augusto de Azevedo Antunes, no bairro Casa Branca. São pelo menos 50 jovens que entraram por volta das 7h com barracas, colchões e alimentos. O aluno Melkui Arantes, de 16 anos, estudante o segundo ano médio, avisou que o grupo vai ficar acampado até que alguma autoridade venha conversar e resolva o problema. “Queremos evitar o fechamento dessa escola assim como ocorreu em outras cidades”, comentou.
Já na Amércio Brasiliense, no centro de Santo André, e uma das mais tradicionais da Região, o protesto é contra a perspectiva de superlotação na unidade que será provocada pelo fechamento de outras. Ali também são cerca de cerca de 50 alunos, mas diferentemente dos seus colegas da escola vizinha, não conseguiram entrar.
Américo Brasiliense, Galeão e Antunes são ocupadas em Santo André; Valdomiro entra no quinto dia de ocupação
Nas duas, os alunos entraram, trancaram os portões com corrente e cadeados com a intenção de se protegerem.
Mas no Américo a Polícia Militar conseguiu abri-los. Com a chegada da PM, a direção fechou os portões e os meninos estão no jardim entre a entrada do prédio e o gradil da área externa.
Conforme um servidor que preferiu não se identificar, a direção teria dispensado os alunos e decidido manter a escola fechada nesta terça-feira.
No momento em que a reportagem do ABCD Maior esteve na porta do Américo, por volta das 8h45, sua direção estava reunida com a Polícia Militar e professores.
Para a aluna Thalia Letícia Brito Nascimento, de 16 anos, estudante do segundo ano do ensino médio, o ato visa a dar apoio aos alunos das demais escolas que passarão pela reorganização e perderão seus ciclos e turnos.
Na João Galeão Carvalhal, em Vila Bastos, os alunos entraram normalmente para a aula e decidiram iniciar o protesto contra o fechamento do ciclo noturno durante o intervalo. Perto de 400 estudantes trancaram a escola e estão reunidos no pátio. A água foi cortada e a cozinha fechada. Eles também pretendem permanecer na escola.
A repórter Claudia Maya conseguiu entrar na escola para conversar com alunos, mas foi convidada pela PM a sair porque “conversava com alunos menores de idade e não podia fazer isso” conforme o soldadoque a abordou. Ela sai e da calçada continuou conversando com os meninos pela grade e novamente foi abordada pela PM, sob alegação de que “*incitiva os alunos a pularem o muro do colégio, e por não se tratar de ocupação não poderia escrever sobre aquilo”.
Existem informações que uma escola e Mauá e outra em Ribeião Pires também foram ocupadas por alunos na manhã desta terça.
Aguardando novas informações
- atualizada às 10h55
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Com reportagem de Claudia Mayara