#FórumDeConjunturaGTE: Em debate no PT-SP, Erik Bouzan e Léa Marques enfatizam protagonismo da juventude nas transformações do país
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Durante 16ª edição do Fórum de Conjuntura, secretário estadual da Juventude e secretária nacional da CUT na relação com os movimentos sociais relatam que somente a mobilização dos jovens irá superar os desafios da atual conjuntura
Fábio Sales/ PT-SP
“As grandes manifestações e movimentos políticos de esquerda tiveram, em sua maioria, a juventude como protagonista ou ator importante… O nosso desafio é fazer com que estes atores entendam que o PT é um instrumento de luta deles”. Frases proferidas pelos convidados Erik Bouzan e Léa Marques resumiram o papel dos jovens nas mudanças de rumos do país, durante o debate “Juventude e Política nos dias atuais” da 16ª edição do Fórum de Conjuntura do GTE PT-SP. realizado na noite desta quarta-feira (18/11), na sede do PT Paulista.
Para o secretário estadual da Juventude do PT-SP, a tarefa do partido é retomar o modelo descentralizado de trabalho nas bases, a fim de que o jovem se sinta parte integrante do processo.
“Precisamos desaprisionar o ‘novo’, pois o principal segmento que forma opinião pública, atualmente, é a juventude.”, atesta.
Já para a assessora política da CUT na Secretaria de Relações com os Movimentos Sociais, as mobilizações atuais, como a ocupação das escolas estaduais, os atos contra a reorganização da educação, a Marcha das Mulheres Negras e o “Fora Cunha”, retratam o simbolismo da juventude movida por sonhos, utopias e valores.
“Nestes atos há crescente participação dos jovens mobilizados por sonhos, numa realidade bastante concreta, mas por sonhos”, frisa.
Desafios e propostas
De acordo com Erik Bouzan, os maiores desafios são consolidar, de fato, uma nova agenda que dialogue, internamente, com os jovens para a preparação e ampliação do debate com a sociedade.
Para ele, a juventude precisa intensificar as pautas como a política sobre drogas, o direito à cidade e as lutas sociais, como os combates ao racismo, contra a homofobia, além do enfrentamento da violência contra a mulher.
“Essas bandeiras não são novidades, mas surgem com mais força nos dias atuais, juntamente com a consolidação de uma nova geração de atores sociais. O nosso desafio é fazer com que estes atores entendam que o PT é um instrumento de luta deles”, explica Bouzan.
Protagonismo e diálogo
Ao falar sobre as manifestações de 2013, Léa Marques recorreu aos movimentos políticos de esquerda, no último meio século da história do Brasil, como a luta contra a ditadura, a fundação do PT e os atos pelo impeachment do ex-presidente Collor, para explicitar o protagonismo da juventude.
“[A Juventude] está inserida nos grandes acontecimentos deste pais. Isso é importante para entender como chegamos em 2013 e aos tempos atuais, pois é fruto de um processo histórico”, sintetiza.
Para a assessora política da Central Única dos Trabalhadores, o engajamento da juventude nos atos públicos e passeatas não é somente formada de jovens que apenas estudam e, sim em sua grande parte por jovens que estão no mercado de trabalho e cursam faculdades. “Precisamos dialogar com esta juventude trabalhadora”, conclama.
Representatividade
Prestigiaram o encontro, mediado pelo coordenador estadual do GTE PT-SP, Rodrigo Funchal, o prefeito de Ubatuba, Maurício Moromizato, o ex-deputado estadual e presidente do PT Piracicaba, Roberto Felício, a formadora da Escola Nacional de Formação do PT, Jupira Cauhy, os coordenadores de Macro, Claudinho da Geladeira (ABC), e Paulo Costa (Alto Tietê/ Guarulhos), presidentes de diretórios, assessores parlamentares e militantes.
Reprise
Para quem não pôde comparecer ao Fórum, a Rádio Linha Direta reprisa o debate, na íntegra, no próximo domingo (22/11), às 20h. Para ouvir, basta acessar http://www.radiolinhadireta.org.br/
Além do portal do PT Paulista (http://www.linhadireta.org.br/), a Rádio LD também pode ser ouvida pelos sites do PT Nacional (http://www.pt.org.br/) e da Fundação Perseu Abramo (http://novo.fpabramo.org.br/).
Balanço
Ao completar dezesseis edições, o Fórum ultrapassou a marca de mil pessoas. Em dezembro (data a confirmar), o PT-SP apresentará um material sobre todos os encontros e o calendário para o ano de 2016.
O espaço é aberto para a participação dos militantes, dirigentes, parlamentares, prefeitos, prefeitas e vices, coordenadores e coordenadoras de Macros, representantes dos movimentos sociais e entidades da sociedade civil.