Falta de transparência: Gestão Paulinho Serra (PSDB) fechou unidades de Saúde sem licitação ou estudo de obras
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A Secretaria de Saúde de Santo André iniciou o processo de fechamento de sete unidades do município sem concluir os estudos para as obras de reforma e adequação dos equipamentos. Sequer colocou licitação na rua para contratação de empresa para executar os serviços.
Embora o atendimento nesses equipamentos tenha sido interrompido no dia 1º, até agora nenhuma intervenção física foi realizada nos locais. A Prefeitura de Santo André admitiu que faltam etapas de avaliação antes do começo das obras físicas.
A administração andreense não divulgou os valores estimados para as obras nem se serão efetuadas pelo Departamento de Manutenção e Obras, setor da Pasta de Manutenção e Serviços Urbanos, responsável pela execução de projetos de engenharia. Esse departamento não possui capacidade para executar intervenções de grande impacto.
Até o momento, nenhuma licitação foi aberta pelo governo para o projeto envolvendo as unidades de Saúde. A Prefeitura colocou na rua ontem processo de contratação de empresa para serviços gerais de manutenção, adequação, reforma e adaptação em próprios municipais.
Comenta-se nos bastidores que se as intervenções forem feitas pela Prefeitura, correria-se o mesmo risco do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), que não conseguiu entregar pacote de obras na área da Saúde, no valor de R$ 30 milhões. Na ocasião, o governo anunciou a construção de unidades básicas e outros equipamentos e encerrou a gestão sem terminar nenhum dos empreendimentos.
Fechados desde o início de agosto, os equipamentos de Saúde devem ser reabertos, de acordo com a gestão Paulo Serra (PSDB), entre maio de 2018 e janeiro de 2019.
Já o PA (Pronto Atendimento) Bangu, que está fechado desde o ano passado, deve ser reaberto em abril do ano que vem. Por sua vez, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas Centro, que está fechada também desde 2016, vai virar USF (Unidade de Saúde da Família) e ambulatório de moléstias infecciosas, tem prazo de reabertura para maio de 2018.
Nesta semana, a oposição ao governo na Câmara anunciou a intenção de pedir abertura de CPI para investigar o fechamento das sete unidades de Saúde. A justificativa para a medida seria a resistência da administração tucana em autorizar a ida da secretária da Saúde, Ana Paula Peña Dias, ao Legislativo. A base governista tem obstruído a pauta de votações da Casa praticamente desde o retorno do recesso, no dia 1º.
Neste período apenas um projeto foi votado e mais de 100 requerimentos não foram apreciados, entre eles a convocação do secretário de Gestão Financeira, José Grecco, para prestar esclarecimentos sobre a atualização da PGV (Planta Genérica de Valores).