Com PT e Governo Dilma, Mais Médicos atendeu cerca de 22,4 milhões de pessoas em todo o Nordeste
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Levar médicos para quem não tinha atendimento desaúde na sua cidade. Essa é a principal missão do programa Mais Médicos, criado pela presidenta Dilma Rousseff em 2013, que durante o governo do PT chegou a beneficiou 63 milhões de brasileiros em quatro mil municípios por todo o País.
No Nordeste, o número de beneficiados chegou a 22,4 milhões até 2016, com um total de 6.504 médicos pelo programa. Só em Pernambuco, foram 3,3 milhões de pessoas atendidas. Nesta quinta-feira (24) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvadesembarca no Recife (PE) para ver de perto essa e tantas outras transformações que os governos do PT realizaram no estado.
A capital pernambucana é uma das paradas da viagem do ex-presidente pelo Nordeste, na caravana Lula Pelo Brasil. No Recife, Lula visitará o Museu Cais do Sertão, às 15h30 nesta quinta-feira (24). Na sexta-feira (25), o ex-presidente participará de ato com trabalhadores contra o desmonte, às 10h, em Ipojuca. Às 17h, ele estará em ato da Frente Brasil Popular, na Praça do Carmo. E no sábado, Lula voltará à Brasília Teimosa, a partir das 10h.
Criado para suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades brasileiras, o programa Mais Médicos já foi até considerado uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em publicação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para o senador pernambucano e ex-ministro da Saúde do governo Lula, Humberto Costa (PT), o Mais Médicos é um dos programas mais importantes criados nos governos do PT.
Humberto destaca que todos os municípios do estado que demandaram médicos pelo programa foram atendidos. Dos 185 municípios pernambucanos, 157 foram contemplados pelo Mais Médicos.
“O Mais Médicos teve um papel muito importante para Pernambuco e trouxe impacto significativo nos indicadores de saúde e na qualidade do atendimento prestado”, afirma.
Isso porque, centenas de comunidades periféricas e isoladas de Pernambuco passaram a ter médicos atendendo à população, inclusive aldeias indígenas, região de quilombolas, assentamentos da reforma agrária, periferia de cidades de médio porte.
Entre essas comunidades isoladas estão Alverne, Laje do Carrapicho e Bom Sucesso, três remanescentes de quilombos em Pernambuco que receberam profissionais cubanos do Mais Médicos.
Antes do programa, a região contava com atendimento apenas em dois dias na semana. Com a chegada dos médicos cubanos, todo dia tem médico para atender à população.
Vale ressaltar que essas comunidades, que abrigam aproximadamente 400 famílias de descendentes de escravos, foram reconhecidas como quilombolas nos governos do PT.
E foi esse reconhecimento que trouxe mais possibilidades a comunidade receber programas e políticas públicas, como a adesão ao Mais Médicos.
Mais Médicos fez atendimento integral e humanizado
Atualmente, Pernambuco conta com 953 profissionais do Mais Médicos atuando no estado. Um deles é o Dr. Paulino Máximo dos Santos Filho, 35 anos.
Médico brasileiro formado em Cuba, Paulino trabalha há quatro anos no posto de saúde do município de Escada, na Zona da Mata de Pernambuco, cidade a 60 km do Recife.
“Esse é um programa que deu certo. Em Escada, é fundamental. Antes do programa, só tinha médico que atendia uma vez na semana aqui na unidade de saúde. Com isso, a maioria da população ficava sem atendimento”.
Depois da chegada de Paulino à Unidade Básica de Saúde (UBS), o atendimento passou a ser diário para as quase 15 mil pessoas que moram nos bairros de Riacho do Navio e Alto São Sebastião, além de áreas rurais próximas.
Na avaliação de Dr. Paulino, que é pernambucano de Sirinhaém, cidade do litoral sul do estado, com o Mais Médicos, a população de Escada está bem assistida na Atenção Básica. Em toda cidade, são 14 médicos atendendo pelo programa.
“Creio que 90% dos problemas de saúde na cidade são resolvidos na Atenção Básica. Até quando ficamos um tempo sem hospital, era a gente, nos postos de saúde, que segurávamos o atendimento à população”, relembra.
Paulino conta que houve um boato pela cidade que iam tirá-lo do atendimento no posto de saúde. Mesmo não sendo verdade, a população se revoltou.
“O povo protestou e chegou a ameaçar botar fogo no posto se isso acontecesse. Por isso que digo que a população recebeu muito bem o Mais Médicos aqui e, se tirarem o programa, o povo vai sentir muito”.
A avaliação positiva do programa foi comprovada por pesquisa feita pelo Grupo de Opinião Pública da Universidade Federal de Minas Gerais, encomendada pelo Ministério da Saúde e divulgada em 2015, quando Dilma ainda estava na Presidência.
Segundo o levantamento, 54% dos usuários entrevistados dão nota 10 ao programa, 84% acham que o atendimento melhorou muito após a chegada dos profissionais do Mais Médicos, 83% apontam melhora na duração da consulta e 81% acreditam que o médico conhece mais os problemas de saúde do que os profissionais anteriores.
O estudo ainda apontou que, diferentemente do que os que são contra o programa pensavam, a maioria dos pacientes atendidos pelos médicos estrangeiros não sentiu dificuldades na comunicação. Os dados apontam que 84% não tiveram dificuldades de entendimento e que apenas 2% sentiram muita dificuldade.
Outros dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) da ONU, coletados até dezembro de 2015, revelam que 84,85% dos médicos cubanos foram alocados em áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria na região Norte, seguida das regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste.
Retrocessos de Temer atingem Mais Médicos e prejudicam população mais pobre
Humberto Costa, que é líder da Minoria do Senado, ressalta que o governo usurpador de Michel Teme tentou por diversas vezes reduzir ou desmobilizar o Mais Médicos, “mas o programa é tão forte que eles não vão conseguir”.
Um desses ataques aconteceu na redução do quadro de profissionais do Mais Médicos. Em abril deste ano, o número de médicos no programa não chegava a 16 mil e o de municípios cobertos já era menor que 3.800.
“Isso significa que 7,7 milhões de pessoas deixaram de ser atendidas pelo programa. Um retrocesso inaceitável”, alerta o coordenador do Mais Médicos no governo Dilma, o médico sanitarista Hêider Pinto.
Desde que assumiu a pasta da Saúde, o ministro golpista Ricardo Barros defende a redução da participação de cubanos no Mais Médicos, que atualmente ocupam 62% das vagas.
A ideia inicial do ministro era de tirar ao menos 10 mil médicos estrangeiros do programa, o que deixaria quase 40 milhões de brasileiros sem atendimento médico, segundo Hêider.
Fonte: Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias
Foto: Araquém Alcântara