Manobra de Alckmin fracassa e Cantareira tem data para secar totalmente
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O Sistema Cantareira ficará apenas com a água do volume morto.
O sistema atingiu a capacidade de 18,7% na quinta-feira (10) e zerou virtualmente seu volume útil.
Esse percentual inclui o volume morto, que conta com 182,5 bilhões de litros de água.
Segundo o professor Paulo Roberto Moraes, especialista em recursos hídricos, é normal não chover tanto nos meses de julho e agosto, pois é época de seca. Geralmente volta a chover em setembro. Caso não chova o suficiente, poderemos utilizar a água do volume morto até março de 2015.
No final de maio, restavam somente 6,3% do volume útil. Com a inclusão do volume morto, a quantidade disponível era de 24,9%, segundo cálculos feitos pelo Estado com base nos números absolutos de quantidade de água fornecidos pelo Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira.
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Em 36 dias de captação de água, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) retirou 26,4% do volume morto. Até quinta-feira, segundo o boletim do comitê anticrise que monitora a seca do manancial, a empresa já consumiu 48,22 bilhões de litros da reserva profunda das Represas Jaguari e Jacareí, na cidade de Joanópolis, a cerca de 100 km da capital paulista.
Volume morto
O volume morto é a água represada abaixo do nível das comportas da Sabesp. As obras para a captação desse volume custaram cerca de R$ 80 milhões e o bombeamento começou no dia 4 de junho, um dia após o volume útil das represas Jaguari e Jacareí zerar. Juntas, elas representam cerca de 80% da capacidade do Cantareira.