Ângelo Perugini: “Lutar pela educação em tempo integral e reforçar as políticas regionais serão prioridades do mandato”
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Eleito para o primeiro mandato na Assembleia Legislativa, Ângelo Perugini teve 94.174 mil votos e assume cadeira em novembro. Confira algumas das propostas e avaliação do atual momento do PT nas palavras do futuro parlamentar:
Quais as prioridades do seu mandato na Assembleia Legislativa?
Vou trabalhar, em conjunto, com a bancada do PT na Alesp. Porém, nosso mandato priorizará quatro focos: a Educação em Tempo Integral, já que 90% dos presos em SP têm entre 18 e 25 anos e, se tivessem oportunidade de estudo não estariam nos presídios.
Na mobilidade, a ideia é fomentar um projeto que enfatize a parceria entre os entes estadual e federal, a fim de que os investimentos no transporte público ferroviário e sobre trilhos seja uma alternativa em relação às rodovias.
Na questão ambiental, a meta é trabalhar numa política de reutilização dos resíduos sólidos e que os municípios cumpram a legislação federal de 2014. Em Hortolândia, a usina de tratamento dos resíduos sólidos é referência de gestão para o país.
Por último, a questão regional. Vamos intensificar a interlocução com os prefeitos, a fim de criarmos projetos inovadores para benefício da população e priorizar um mandato que reforce as políticas regionais.
Como analisa a oposição do PT ao governador Geraldo Alckmin e o fato de Hortolândia ser a única cidade onde o partido superou, nas eleições 2014, o atual gestor do estado?
O PT deve fazer uma oposição responsável e apontar um modelo como alternativa ao implementado pelo PSDB. Na última eleição, não ficamos falando do Alckmin, e sim do nosso governo que implementou políticas corretas e coerentes, que beneficiou os trabalhadores e as regiões periféricas. O PT precisa defender seu projeto, das políticas bem-sucedidas dos governos Lula e Dilma. Por exemplo, na campanha do Padilha reforçamos o programa inovador, que foi o ‘Mais Médicos’, e que representava a esperança de mudança de gestão no estado.
Diante da atual conjuntura, quais as estratégias do PT para superar as dificuldades e obter bons resultados em 2016?
O PT vive um momento difícil que vai exigir de nós muito empenho. Temos um projeto! Navegamos nas ondas do ex-presidente Lula, nos valores e elegemos muitas bancadas e prefeitos. Agora será ao contrário. As lideranças têm que fortalecer o partido. Os governos do Partido dos Trabalhadores já deixaram sua marca na história do país: pobres nas universidades, mais de 3 milhões de moradias, valorização do salário mínimo, cerca de 40 milhões de pessoas saíram da miséria e 20 milhões de empregos gerados.