Egocêntrica, Marina se une ao PSDB de Aécio
Artigos relacionados
Quem acompanhou as eleições deste ano, desde a pré-campanha até a realização da votação, no último dia 5 de outubro, poderia até acreditar que a ex-presidenciável Marina Silva optaria pela neutralidade, num eventual segundo turno em que a mesma não avançasse.
Marina e Aécio nunca foram tão próximos. Inclusive, ainda no aquecimento dos motores para a disputa ao Palácio do Planalto, a ex-senadora, ainda na chapa como vice do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (morto no dia 13 de agosto), destilou seu veneno contra os tucanos. “O PSDB tem o cheiro da derrota”, disse, em meados de maio.
Entretanto, jamais poderia imaginar que assumiria da forma como foi, o protagonismo na corrida eleitoral. Marina Silva já aparecia no pleito, há menos de dois meses de sua realização, como favorita para avançar ao segundo turno. Catapultada pela comoção nacional do trágico acidente fatal com o líder peessebista, a ex-senadora não poupou discursos emotivos, até que a fragilidade da mesma começou a aparecer.
Sem apresentar propostas concretas, Marina começou a ser criticada por Aécio e Dilma. Rebatia, ao dizer que era a única que tinha apresentado plano de governo. No entanto, cheio de contradições.
Contradição esta que Marina assumiu mais uma vez, ao se aliar com um defensor da velha política, àquela que praticou a recessão econômica no país, a instabilidade nos salários, o endividamento com o FMI, ou seja, a política defendida nos tempos de FHC que Aécio quer resgatar.
Resultado: a hipocrisia e o individualismo de Marina mais uma vez se fez presente. Muda de partido, adota sempre o discurso de nova política, e desta vez faz o serviço completo. Deixa os integrantes da Rede Sustentabilidade a ver navios, ao colocar o egocentrismo na frente de tudo e todos.
E o manifesto de alguns apoiadores da Rede desmascara Marina. Basta ler as próprias disseminadas da ex-senadora e rejeitadas pela mesma, ao optar pelo apoio ao tucano Aécio Neves.
Leia um trecho do manifesto divulgado nesta segunda-feira (13):
“A favor da nova política manteremos a nossa independência da polarização PT x PSDB. Ser parte da polarização PT x PSDB destoa do projeto original da Rede Sustentabilidade, que nasceu com o propósito maior de estimular a emergência dos sujeitos autorais, dos indivíduos livres e conscientes, que não se dispõem a realizar suas mais legitimas aspirações e interesses no âmbito da velha, estagnada e conservadora política que tanto PT quanto PSDB representam e praticam.”