Em debate sobre corrupção, #Dilma leva a melhor sobre Aécio
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A presidenta Dilma Rousseff (PT) enumerou escândalos de corrupção dos governos do PSDB no primeiro debate presidencial deste segundo turno realizado pela Rede Bandeirantes, nesta terça-feira (14/10).
A petista reagiu após o oponente e senador Aécio Neves (PSDB) questioná-la sobre as denúncias envolvendo a Petrobrás devido às acusações do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato.
Em resposta à pergunta de Aécio sobre as revelações de Costa, Dilma disse se sente indignada pelos acontecimentos na Petrobrás, mas enfatizou que seu governo é caracterizado por combater a corrupção e punir os responsáveis por irregularidades.
“Duas leis aprovadas no meu governo são fundamentais para isso.
Uma é a lei 12.830, que garante a independência do delegado.
Antes, por exemplo, na Pasta Rosa, o delegado começava a investigar, era mandado para um exílio dourado.
A outra, a lei 12.850, que regulamentou a delação premiada”, discorreu.
Em seguida, Dilma citou os casos de corrupção do PSDB que não passaram por pente-fino.
“Além disso eu me pergunto… onde estão os envolvidos com o caso Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia)? Todos soltos?
Os envolvidos com a compra de votos da reeleição? Todos soltos.
Os envolvidos na Pasta Rosa? Todos soltos. Os envolvidos no caso do mensalão tucano? Todos soltos. O que eu não quer é isso, candidato. eu quero todos aqueles culpados presos”, disse.
O caso Sivam foi o primeiro grande escândalo do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que derrubou um ministro e dois assessores presidenciais, sob acusações de corrupção e tráfico de influência no contrato de US$ 1,4 bilhão para criação do órgão.
Acerca do caso de compras de votos para aprovação da emenda constitucional da reeleição, em 1997, também no governo FHC, é considerado o primeiro grande Mensalão na história recente do Congresso Nacional.
As denúncias envolveram o então ministro das Comunicações, Sérgio Motta (PSDB), e dois parlamentares do antigo PFL, atual DEM, que admitiram em gravações o recebimento de R$ 200 mil pelo voto.
Dilma também citou o Mensalão Mineiro, esquema de caixa 2 montado em benefício de 159 políticos, principalmente o então candidato derrotado ao governo de Minas Gerais em 1998, Eduardo Azeredo (PSDB).
Por último, a presidenta voltou a colocar em debate o cartel no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), mantido entre 1998 a 2008, sob tutela dos governos paulistas de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
O esquema milionário foi orquestrado para desviar recursos públicos por meio de acordo entre representantes do governo paulista e empresas, que juntas, combinaram preços em licitações e obter contratos superfaturados.