Governo de vice de Alckmin fez acordo com o PCC, diz Estadão
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Claudio Lembo (DEM) assumiu o Palácio dos Bandeirantes após o tucano ter deixado o governo de SP para ser candidato à Presidência da República pelo PSDB
O governo de São Paulo fez um acordo com o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, em maio de 2006. Na época, o estado era governado por Claudio Lembo (DEM). Ele assumiu o Palácio dos Bandeirantes após Geraldo Alckmin (PSDB) ter deixado, em março do mesmo ano, o governo de SP para ser candidato à Presidência da República pela legenda tucana.
De acordo com publicação do jornal “Estado de S. Paulo”, nesta segunda-feira (27), o acordo foi feito para tentar colocar fim aos ataques da facção criminosa. Ainda segundo o jornal, a reunião teria sido feita dentro do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes.
A possibilidade de acordo entre o governo de SP e o PCC foi divulgada, pela imprensa, na época. No entanto, o governo de SP sempre negou a hipótese.
“A proposta do crime organizado foi levada pela advogada Iracema Vasciaveo, então presidente da ONG Nova Ordem, que defendia o direito dos presos e, na época, representava o PCC: se os responsáveis pelo comando dos atentados nas ruas fossem informados de que Marcola estava bem fisicamente, que não havia sido torturado por policiais e que os presos amotinados não seriam agredidos pela Polícia Militar, os ataques seriam encerrados”, explica a reportagem.
Ligações com o PCC – O atual secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre Moraes, é advogado, segundo o Tribunal de Justiça do Estado, em, ao menos, 123 processos na área civil da Transcooper.
A cooperativa é citada, entre outras empresas e associações, em investigação que apura suposta formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do PCC.
Fonte: Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Estado de S. Paulo“