Governo Dilma divulga edital para 276 vagas do “Mais Médicos”
Artigos relacionados
Médicos formados no Brasil ou com diplomas validados têm até o dia 19 de julho para fazer a inscrição para ocupar postos em 200 municípios
O Ministério da Saúde abriu edital, nesta quarta-feira (15), para preencher 276 vagas do programa Mais Médicos. As inscrições são para médicos brasileiros ou com diploma validado. Os interessados em participar desta etapa poderão se inscrever até o dia 19 de julho, por meio da página do programa.
As vagas oferecidas agora são o resultado da adesão de 200 prefeituras que manifestaram o interesse de preencher os postos abertos a partir de desistências ou desligamentos dos profissionais que atuavam em seus municípios.
“O Mais Médicos tem papel fundamental no fortalecimento e consolidação da Atenção Básica e se complementa com a qualificação da formação médica e obras de melhorias na infraestrutura”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Hêider Pinto.
O secretário explicou que, por meio do Programa, o Ministério da Saúde consegue levar profissionais para perto das pessoas com maior vulnerabilidade, como no interior e nas periferias das grandes cidades, onde os brasileiros mais precisam de médicos.
No momento do cadastro, os candidatos deverão escolher entre a pontuação adicional de 10% nas provas de residência, para atuar na unidade básica por, no mínimo, 12 meses, ou permanecer no município por até três anos e obter benefícios como auxílios moradia e alimentação pagos pelas prefeituras.
Nos dias 20 e 21 de julho, os profissionais inscritos deverão indicar até quatro cidades de diferentes perfis onde desejam atuar conforme a sua prioridade. Os candidatos concorrerão somente com aqueles que optarem pelos mesmos municípios e, quem não conseguir alocação, terá acesso às vagas remanescentes em outra oportunidade, a partir de agosto.
Para a classificação na concorrência das vagas, foram estabelecidas as mesmas regras adotadas no edital lançado em janeiro deste ano: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena); do VER-SUS; do ProUni ou do FIES.
Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade. Não poderão ingressar neste edital candidatos que participaram das chamadas anteriores do Mais Médicos e que tenham sido desligados por descumprimento de normas ou das regras do programa.
Caso as vagas não sejam preenchidas, o edital será aberto aos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, aos profissionais estrangeiros. A previsão é que os primeiros profissionais brasileiros selecionados nesta etapa iniciem as atividades em agosto. Os próximos editais estão marcados para meses de outubro deste ano e janeiro de 2016.
Atendimento regional – No total, o Nordeste foi a região com o maior número de vagas, com abertura de 124 oportunidades em 86 cidades. O Sudeste solicitou 72 médicos em 54 municípios, seguido do Centro-Oeste (28 em 14), Norte (27 em 23) e Sul (25 em 23).
No primeiro chamamento de 2015, os médicos formados no Brasil ou com diploma revalidado e os brasileiros graduados no Exterior preencheram todas as 4.139 vagas ofertadas em 1.289 municípios e 12 distritos indígenas.
Com a inclusão dos novos municípios, o programa contará com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), e levará assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.
Sobre o programa – Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou a assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no País.
São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O programa também prevê a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.
Fonte: Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil