#GovernoGrana: Santo André recebe encontro Nacional de Cidades Educadoras
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O conceito de cidade educadora extrapola os muros da escola. Significa que, além das instituições formais de ensino, os espaços públicos, as propostas culturais, os serviços prestados pelo município e mesmo o planejamento urbano podem educar, promovendo a inclusão e a melhoria qualidade de vida para seus moradores. A troca de experiências bem sucedidas com foco em construir cidades que atendam a esses ideais reuniu representantes de 30 cidades brasileiras no Encontro Nacional de Cidades Educadoras, que teve início nesta terça (3) no Teatro Municipal de Santo André. O evento continua amanhã, a partir das 8h30, com uma programação que inclui troca de experiências e visitas técnicas monitoradas a locais como a ETA (Estação de Tratamento de Água), ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), ao Viveiro Municipal, à Sabina Escola Parque do Conhecimento, à Usina de Papel, entre outros.
O Encontro é uma atividade da Rede Brasileira de Cidades Educadoras, composta por 14 municípios sob coordenação de Santo André. A rede é um braço da Rede Internacional de Cidades Educadoras (AICE), que integra 478 municípios de 36 países, com o objetivo de promover a troca de experiências entre os participantes para que as iniciativas bem sucedidas possam ser replicadas. A cerimônia de abertura, acompanhada por cerca de 750 pessoas, contou com a presença do prefeito de Santo André, Carlos Grana, do prefeito de Mauá, Donizete Braga,do Secretário de Educação Gilmar Silvério, da assessora especial do Ministério da Educação (MEC), Helena Singer, da Secretária de Educação do município de São Paulo em exercício, Emília Cipriano, e do Secretário Executivo do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais e membro do Conselho Superior da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais, Professor Pablo Gentil, além da coordenadora da Associação Internacional das Cidades Educadoras para a América Latina, Laura Alfonso.
Laura, primeira a falar nesta manhã, abriu o evento falando do princípio básico de uma cidade educadora que é pensar em todos os seus espaços como locais de aprendizagem, onde exista um convivência e o diálogo entre o poder local, as empresas e associações. “E preciso pensar na construção de uma cidade sem exclusão, com uma plataforma de cidadania plena de participação. Uma cidade que promova o equilíbrio e o direito de todos”, destacou Laura, que convidou a todos para participar do Congresso Internacional da AICE (Rede Internacional de Cidades Educadoras), que acontece de 1 a 4 de junho, em Rosário, Argentina.
Segundo o prefeito Carlos Grana, a experiência de Santo André com o Orçamento Participativo Criança, em 2014, que mobilizou toda a rede municipal de ensino no levantamento das demandas das crianças não só para as escolas, mas também para o bairro e para o município como um todo, é um dos destaques de Santo André na busca de se consolidar como cidade educadora. “ O nosso secretário de Educação, Gilmar Silvério, já levou essa experiência para Rosário, na Argentina, e para Barcelona, mas hoje nós temos a oportunidade de conhecer e trocar mais informações sobre as nossas experiências sobre cultura, administração, trânsito, habitação, entre outras áreas. Não é só a Escola que é educadora; toda a cidade deve ser”.
Para o prefeito de Mauá, Donizate Braga, que teve o ingresso na Rede confirmado nesta segunda-feira, 2, a tarefa de construir uma cidade educadora demora um tempo. “É preciso perseverar. Os desafios que nós enfrentamos, sejam nas cidades pequenas ou não, são muito grandes. As questões do trânsito, por exemplo. Se em Curitiba ou em Brasília os motoristas param seus carros quando veem os pedestres colocarem os pés nas faixas, é porque houve, em algum momento, um processo educacional. E a sintonia entre os país, alunos, professores e poder público é fundamental”, afirmou Braga. Na região do Grande ABC, além de Santo André, São Bernardo e Mauá fazem parte oficialmente da Rede Brasileira de Cidades Educadoras
Sobre a Secretaria de Educação
O ponto central da Pasta é o direito do cidadão à educação infantil e ao ensino fundamental de qualidade, bem como a alfabetização, a elevação de escolaridade e a formação profissional de jovens e adultos. Para isso, a rede municipal de ensino é composta por 32 creches, 51 Emeiefs (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental), cinco CPFPs (Centros Públicos de Formação Profissional) e 11 CESAs (Centros Educacionais de Santo André).
Nas creches, são atendidas atualmente 5.865 crianças de três meses a 3 anos de idade e 1.236 com idades entre 4 e 5 anos. Já nas emeiefs (Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental) são atendidas neste ano aproximadamente 18 mil crianças de 6 a 10 anos e 8 mil com idade entre 3 e 5 anos.
Nas salas de Educação de Jovens e Adultos, a EJA, estão matriculadas 2,8 mil pessoa e na EJA-FIC (Educação de Jovens e Adultos – Formação Integral Continuada), que oferece formação profissional com elevação de escolaridades, são atendidas 353 pessoas. Na Formação Integral Continuada (FIC), que oferece apenas formação profissional sem elevação de escolaridade, são atendidas aproximadamente 540 pessoas.