Gravação mostra que Mensalão começou com PSDB
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Não existe nada mais irônico do que o PSDB querer falar de Mensalão sem citar os fantasmas do passado, mais precisamente dos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Em 1997, o Brasil testemunhou um dos maiores escândalos no Congresso Nacional devido ao esquema de compra de votos de deputados federais pela aprovação da emenda constitucional da reeleição.
O dispositivo passou a permitir que prefeitos, governadores e presidente disputassem um segundo mandato consecutivo.
O processo pelo aval à emenda proposta por FHC, porém, ocorreu por meio de negociatas do governo do PSDB. Em 13 de maio de 1997, o jornal Folha de São Paulo lançou luz ao esquema orquestrado pelo Palácio do Planalto, com uma gravação em que o então deputado Ronivon Santiago (PFL, atual DEM), do Acre, admitiu que vendeu seu voto por R$ 200 mil.
Com o primeiro Mensalão tucano revelado, não tardou para surgirem mais notícias. Em novas gravações obtidas pela Folha, ficou claro o envolvimento do ministro das Comunicações de FHC, Sérgio Motta (PSDB), nas negociatas. O conteúdo revelou ainda que o deputado João Maia (PFL-AC) também vendeu seu voto. Nas gravações, Maia diz que recebeu R$ 200 mil para votar a favor da emenda que permitia a reeleição de FHC.
Na gravação, Maia revelou que barganha do seu voto custaria R$ 200 mil do governo federal e outros R$ 200 mil do governo do Estado do Acre. O dinheiro usado na operação, segundo o parlamentar, foi providenciado pelo então governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), e por Motta. “Pelo que sei, é o seguinte: eram (R$) 200m (mil) do Serjão (Sérgio Motta), via Amazonino, que era a vota federal, aí do acordo”, citou o deputado.
Passados 12 anos desde o governo de FHC, resta saber qual a moral do PSDB falar de corrupção. Além da compra de votos pela reeleição do ex-presidente, os tucanos colecionam o Mensalão Mineiro; denúncia de desvio de R$ 4,3 bilhões do Orçamento da Saúde de Minas Gerais, com o presidenciável Aécio Neves (PSDB) como governador; e o escândalo do Propinoduto, maior esquema de corrupção da história do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) nos governos do PSDB em São Paulo.
Por isso, pense bem antes de votar no dia 26 de outubro.
Caso queira saber mais sobre o esquema de compra de votos do PSDB, acesse os links abaixo: