Minha Casa Minha Vida terá 3 milhões de moradias em sua nova fase
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*** Afirmação foi dada pela nova presidenta da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, que também prometeu manter o papel do banco na promoção de políticas públicas ***
A nova presidenta da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, tomou posse nessa segunda-feira (23), em Brasília. Em seu discurso, ela afirmou que o banco vai construir três milhões de novas moradias na nova fase do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Segundo Miriam, a Caixa deverá se desdobrar ainda mais na sua tarefa de parceira estratégica do governo brasileiro. “Será necessário trabalhar arduamente para alcançarmos a meta de contratação de mais três milhões de novas moradias no MCMV, estabelecida pela presidenta Dilma Rousseff. Essas contratações se somarão a dois milhões de moradias já entregues e a 1,750 milhão que ainda estão em construção”.
Ao assinar o termo de posse, Belchior se comprometeu a manter a posição alcançada pelo banco ao final de 2014. Atualmente, a Caixa Econômica Federal lidera o segmento de financiamento imobiliário e, após expandir sua área de atuação, viu a sua participação triplicar para 20% no mercado de crédito brasileiro e se consolidou como um dos três maiores bancos do país em ativos.
“Minha missão na CAIXA é ter uma agenda de sustentação no patamar que a Caixa chegou até este momento e melhorar ainda mais o seu desempenho, em especial o serviço prestado aos seus milhões de correntistas”, afirmou a presidenta, na cerimônia realizada no Teatro da CAIXA Cultural em Brasília (DF).
Miriam Belchior disse ainda que sua pauta na instituição terá como objetivo cumprir sua missão institucional, de ser um banco agente do desenvolvimento econômico e social.
“Assumo o compromisso de manter uma instituição que garante a milhares de brasileiros o direito a ter direitos. Para isso, a Caixa seguirá reafirmando a cada dia a compatibilidade entre sua atuação social e de mercado”, disse Belchior.
Joaquim Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participou da solenidade e, em sua fala, afirmou que “embora seja um instrumento de políticas públicas, a Caixa também é um banco, e tem caminhos muito certos para operar e mantidos esses caminhos, a Caixa segue uma empresa sólida de resultados”.
Em seu discurso, o ministro não deixou de destacar o trabalho do banco como um dos principais agentes das políticas públicas do governo. “A Caixa é uma empresa que está lá na ponta. Nós conhecemos todos os programas sociais, os cartões, o benefício de tantas políticas públicas em que o banco tem um papel absolutamente ímpar”, disse.
Joaquim ainda afirmou que a Caixa irá continuar sendo parceira nas políticas públicas do país, sem se esquecer de que também é uma instituição financeira.
“A Caixa é um instrumento de políticas públicas, mas também é banco. Tem caminhos certos para operar. Mantendo esse caminho, vai continuar sendo uma empresa sólida, de resultados, que cresce e tem valor agregado”, disse Levy.
O ministro da Fazenda também ressaltou que o saneamento das contas e a injeção de capital do banco, ocorridos no início da década de 2000, permitiram à Caixa se tornar uma empresa saudável, com fôlego suficiente para ser parceira do governo federal nos avanços sociais conquistados na década passada.
“É assim que tem de continuar, uma empresa cada vez mais bem administrada, mais transparente, preparada para enfrentar seus desafios”, disse Levy.
Carteira de investimentos
Miriam Belchior também anunciou a participação da instituição na implantação de uma nova carteira de investimentos.
“A Caixa deverá ter uma participação destacada na implantação de uma nova carteira de investimentos em infraestrutura de logística, combinando investimento público, parcerias privadas e crédito de longo prazo para os grandes projetos. Entre esses investimentos, merece destaque a expansão da infraestrutura urbana de tranporte coletivo por todo o Brasil, que considero um dos mais sérios problemas das cidades brasileiras”, disse Miriam.
Balanço e agradecimentos
Em seu discurso de despedida, Jorge Hereda destacou o crescimento da Caixa sob sua gestão. Na área de habitação, por exemplo, o ex-presidente lembrou que o banco fechou 2014 com R$ 128 bilhões em financiamentos imobiliários e 23 milhões de clientes a mais do que tinha quatro anos atrás.
“O que nós fazíamos [em financiamento imobiliário] há dez anos, nós fazemos agora em 11, 12 dias”, destacou Jorge Hereda, que estava no comando da Caixa desde março de 2011.