MP abre processo contra seis empresários envolvidos no Trensalão
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O valor da licitação estipulada pelo metrô na época era de R$ 1,5 bilhão, mas quem venceu cobrou R$ 1,7 bilhão. Após investigação, a justiça encontrou indícios de que houveram atos ilícitos nos contratos e revelou também o envolvimento dos réus nos fatos que estão em apuração.
Estão sendo investigados Cesar Ponce de Leon, da Alstom; Wilson Daré, Maurício Memória e David Lopes, da Temoinsa; Telmo Giolito Porto, da Tejofran; e Adagir Abreu, da MPE. Eles são acusados por cartel, por supressão de propostas, quando as concorrentes apresentam propostas que não ameaçariam a vitória da empresa escolhida, e por terem se alternado para vencer as licitações.
O Ministério Público de São Paulo afirma que outros empresários estão envolvidos no esquema de corrupção, mas ainda não foram identificados. Os empresários são das empresas Bombardier Transportation Brasil Ltda, T’Trans – Sistemas de Transportes S.A., Alstom Brasil Energia e Transporte Ltda, IESA – Projetos, Equipamentos e Montagens S.A. e Siemens Ltda.
No início deste mês alguns deputados petistas de São Paulo se reuniram com o procurador-geral de Justiça do estado, Márcio Fernando Rosa, e protocolaram pedido de informações sobre o andamento das investigações do cartel de trens e metrôs.
Trensalão – Descoberto em 2013, o “Trensalão” expôs o caso de corrupção e formação de cartel em contratos de expansão e manutenção de trens e metrôs de São Paulo. O esquema funcionou por pelo menos 10 anos, entre 1998 e 2008, nos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.
Foi descoberto o envolvimento de empresários e agentes públicos do Metrô e da Companhia Paulista de Transporte e Metrô (CPTM), além de pelo menos 10 grandes empresas, como a Siemens e a Alstom Brasil, com prejuízo estimado em R$ 418 milhões aos cofres estaduais, segundo o MP.
Fonte: Agência PT de Notícias