Por ações criminosas sentença de Aidan Ravin sai até dezembro
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Ex-prefeito é acusado de cobrar propina para liberar licenças ambientais emitidas pelo Semasa
O Ministério Público acredita que a sentença contra o ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin (PSB) por corrupção e formação de quadrilha deve ser definida até o mês de dezembro. A Promotoria acusou formalmente Aidan, que administrou a cidade entre 2009 e 2012, nesta terça-feira (05/05), por ter supostamente cobrado propina para a liberação de licenças ambientais para execução de obras no município.
A juíza responsável pela sentença comanda a 1ª Vara Criminal do Fórum de Santo André é Maria Lucinda da Costa.
O MP denuncia que o esquema de extorsão foi montado entre anos de 2011 e 2012. Pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha, o ex-prefeito pode pegar até 27 anos de prisão.
O ex-superintendente Angelo Pavin também foi denunciado pela promotoria. No caso de Pavin, além de dois crimes de corrupção, ainda pesa contra acusação de falsificação de documentos.
“As investigações apontam que as cobranças eram feitas por ordem do então prefeito, com o objetivo de conseguir dinheiro para a campanha política e também para vantagens pessoais”, afirma o promotor do caso, Roberto Wider
Aidan nega que tenha participado do esquema e afirma que o Semasa é quem comandava (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) a liberação das licenças.
“Se houve erro no Semasa, o culpado tem de pagar pelo erro. Não existe prova contra mim, são somente suposições.”, disse.
Aidan disse que o ex-superintendente Ângelo Pavin tinha “plenos poderes” para atuar no Semasa e afirmou ter recebido em seu gabinete duas ou três pessoas que reclamaram sobre problemas na demora de liberação de documentos.
“Aí eu ligava para o superintendente para saber o que estava acontecendo. Fiz isso umas duas ou três vezes. Nunca participei de conversas e de esquemas”, disse o ex-prefeito ao ressaltar que depois que deixou a Prefeitura voltou a atuar como médico da Prefeitura e que seu patrimônio continua o mesmo e é declarado no Imposto de Renda todo ano.
Conheça quem foi enquadrado no esquema e quais os crimes:
Aidan Ravin: formação de quadrilha e duas corrupções
Angelo Pavin: formação de quadrilha, duas corrupções e uma falsidade ideológica
Antonio Calixto: corrupção e formação de quadrilha
Beto Torrado: formação de quadrilha e corrupção
Roberto Tokuzumi: corrupção
Dolvílio Ferrari: formação de quadrilha e corrupção
Eugênio Voltarelli Júnior: formação de quadrilha e corrupção
Antonio Feijó: formação de quadrilha e corrupção
Lineu Carlos Cunha Mattos: formação de quadrilha
Carla Adriana Basseto da Silva: formação de quadrilha
Maicol Vizacri: formação de quadrilha
Por: ABCD Maior