Prefeito Haddad (PT) é chamado de visionário urbano pelo The Wall Street Journal!
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“Se o prefeito altamente impopular de São Paulo, Fernando Haddad, fosse o chefe de San Francisco, Berlim ou alguma outra metrópole, ele seria considerado um visionário urbano”, escreveu o WSJ.
Jornal americano falou das ações do prefeito de SP pela mobilidade urbana. Reportagem ressalta a polarização provocada pelas ações do executivo. O jornal norte-americano “The Wall Street Journal” publicou nesta quarta-feira (23) uma reportagem sobre o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e seu trabalho de ampliação das ciclovias, defesa do uso de bicicletas e redução do volume de automóveis, entre outras medidas – que está polarizando a cidade.
Segundo o jornal, “o ambicioso plano para converter o tráfego sufocante de 12 milhões de veículos em uma zona amigável para bicicletas é elogiada por muitos, mas deixa motoristas espumando de raiva”.
“O prefeito é frequentemente fotografado pedalando ao longo dos novos trechos de ciclovias, às vezes ostentando um terno de negócio e um capacete.” O jornal diz que Haddad enfrenta baixos índices de popularidade (20% de aprovação) e muita resistência de setores da sociedade.
Avenida Paulista
A reportagem também fala das ações de Haddad para fechar a Avenida Paulista aos domingos e transformar a via em um local de lazer.
O WSJ lembra que o prefeito enfrenta questionamentos sobre suspeita de superfaturamento nas obras nas ciclovias e de sua atenção para um tema considerado por críticos “um luxo de baixa prioridade em uma cidade voltada para o aumento da criminalidade, com escolas e hospitais públicos com pouco dinheiro”.
O WSJ ouviu alguns especialistas para comentar o trabalho do prefeito paulistano. “Quando você pressiona o status quo, o status quo empurra para trás”, disse a ex-secretária de transportes de Nova York, Janette Sadik-Khan. Ela considera que Haddad está “preparando o terreno para uma São Paulo mais sustentável”.
Já para Vilma Peramezza, presidente de uma associação de bairros de São Paulo que quer mais estudos sobre o impacto das ciclovias, a política de mobilidade é questionável. “O automóvel tem sido sempre um objeto de desejo e também uma necessidade. Depois de fazer uma cidade que vive ao lado do carro, eles querem mudar isso?”, questiona.