PSDB não gosta do funcionalismo – por.: Professor Nazareno
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“Desde que foi fundado, no entanto, a ‘máquina peessedebista’ tem se esmerado em perseguir barnabés por onde tem governado”, diz trecho do texto
Pode até parecer uma generalização, mas o PSDB, partido político que faz oposição ao PT e que já governou o país entre 1995 e 2002, tem demonstrado em alguns acontecimentos que não gosta de servidores públicos. O Neoliberalismo defendido por Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil no período citado, levou à morte e à depressão milhares de funcionários públicos. Com Aécio Neves, nas últimas eleições o partido ficou em segundo lugar na disputa pela Presidência da República.
Entre “a cruz e a espada”, sem boas opções e sem nenhuma perspectiva de melhorar a situação do país, os brasileiros decidiram reeleger Dilma Rousseff para um mandato de mais quatro anos. Mas os tucanos conseguiram eleger governadores em Estados importantes da Federação como São Paulo, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e o Paraná, por exemplo.
Principal partido de oposição, se é que no Brasil existe oposição, o PSDB tem no senador mineiro Aécio Neves praticamente a sua principal liderança. José Serra, Geraldo Alckmin e o ex-presidente FHC são também importantes figuras desse partido.
Desde que foi fundado, no entanto, a “máquina peessedebista” tem se esmerado em perseguir barnabés por onde tem governado. A demissão dos dez mil servidores públicos em Rondônia por José Bianco no ano dois mil aconteceu quando Fernando Henrique era presidente do país. Dizem as más línguas que a “fatídica diáspora” dos servidores públicos rondonienses teve a mão, e o pensamento, de autoridades tucanas, que aliadas ao PMDB promoveram uma das maiores desgraças de que se tem notícia contra os cidadãos daqui. Quantos trabalhadores e pais de família foram para a rua?
Nos oito anos de governo FHC, o que mais se ouviam eram as palavras privatização, terceirização, PDV, enfim, demissão de servidores públicos sem dó nem piedade. Funcionários doentes, tensos, deprimidos e na iminência de serem demitidos sem direito, em muitos casos, à indenização eram coisas comuns naquela triste época. Óbvio que com os petistas as coisas também não melhoraram, pois o PT é outra desgraça nacional, mas a certeza de que se tem é que com Aécio Neves e o PSDB a situação estaria bem pior. A repressão e a truculência podem estar no DNA deste partido da elite. As provas mais visíveis disto é o que aconteceu em São Paulo em 2013 quando a polícia tucana de Geraldo Alckmin reprimiu com violência os protestos contra o aumento nas passagens de ônibus, fato que desencadeou as manifestações pelo país.
Agora em 2015 foi a vez de Beto Richa, governador do Paraná, mostrar a verdadeira alma autoritária e truculenta do PSDB e de seus seguidores. O dia 29 de abril ficará marcado para sempre na História como sendo “o dia do massacre”. A Polícia Militar do Paraná, a serviço da repressão e do autoritarismo, avançou contra professores em greve num dos episódios mais deprimentes da recente história política deste país. “Uma ditadura regional”. Foi assim que jornais da Europa noticiaram o triste episódio, que teve repercussões internacionais. Os caciques tucanos e seus seguidores sempre tão falantes e inquisidores quando se trata de criticar o governo do PT, não se manifestaram para condenar a selvageria de Curitiba. Aécio Neves até agora nada falou. O massacre da PMPR contra os professores ficará impune? Cadê FHC? Cadê Serra? Cadê Alckmin? Cadê a indignação cívica? Cadê a Justiça? Quando o PSDB vai gostar de funcionários?
*É Professor em Porto Velho.
Fonte: Rondônia Dinâmica