PSDB nunca pagaram Samu no Estado de São Paulo
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Mesmo o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência) salvando vidas em 2.926 municípios com 3.182 unidades móveis e garantindo uma cobertura de 74,5% da população brasileira, os governos do PSDB simplesmente ignoram o serviço, atualmente apenas financiado pelo governo federal e pelas gestões municipais. São Paulo, o Estado mais rico do Brasil, poderia ter o Samu em 100% das cidades paulistas, se não fosse pela indiferença do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A União tem responsabilidade em arcar com 50% dos custos do serviço, enquanto os outros municípios, com finanças mais limitadas, precisam despender a outra metade do custeio. Essa situação se torna curiosa, uma vez que São Paulo tem o maior PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, com R$ 1,3 trilhão – valor que representa 31% de toda arrecadação da economia brasileira.
Na avaliação de prefeitos, está clara a intenção do governo do PSDB em não financiar um programa que nasceu em uma gestão do PT, visto que o Samu foi implantado no Brasil em 2004, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em meio a esse veto com intenções meramente partidárias, vidas são colocadas em riscos.
Para disfarçar a situação incômoda, o secretário de Saúde do Estado, David Uip, reconhece que falta maior integração com o Samu, mas tenta sair pela tangente ao citar que o governo tucano investe no Grau (Grupo de Resgate e Atendimento às Urgências). Embora Samu e Grau tenham papeis similares e até complementares, também possuem diferenças.
O Grau, serviço prestado por bombeiros, atende em situações de resgate, prestando o atendimento médico preliminar. Já o Samu possui uma categoria chamada desuporte avançado, que contém um médico e um enfermeiro, podendo utilizar de qualquer tipo de medicamentos ao paciente. Portanto, embora o Grau seja um serviço importante, caberia ao governo do PSDB unir forças com a União para aperfeiçoar o Samu, que tem uma rede de atendimento maior pelo Estado de São Paulo.