FUTEBOL E PANDEMIA – POR FERNANDO NOÉ

Artigos relacionados

• #AgendaPT (10/10): Reunião do Setorial Estadual de Saúde do PT-SP
• “O Partido dos Trabalhadores é imortal”, exalta Lula
• CPI aponta superávit da Previdência e desmonta argumentos do governo Temer

FUTEBOL E PANDEMIA

Ontem vimos quase 2 mil pessoas serem vítimas fatais da COVID-19. Infelizmente existe um clima de normalidade em perdermos tantas vidas diariamente. Os discursos fáceis de que “a economia não pode parar” é o que mais preocupa nesse momento, incentivado por um genocida que em nenhum momento pensou no crescimento econômico, na geração de empregos, na formação das juventudes ou na igualdade de condições de salários para as mulheres. A solução do momento pra esconder a falta de capacidade é dizer: não parem! O genocídio biológico/sanitário investido pelo bolsonarismo, coloca o sangue nas mãos de todos aqueles que ajudam a promover esse discurso.

Mas que todo esse “rolê” tem com o FUTEBOL?

Há alguns dias, fiz uma tirinha publicada no Twitter falando que no país do futebol, enquanto houver campeonatos, haverá o clima de normalidade também, afinal o pão e circo do brasileiro era o “futebol e cervejinha”. O futebol é meio mais fácil de dialogar com as massas, além de democrático pois está no dia a dia de cada pessoa, seja no cafézinho do empresário, na cerveja no final do dia das minas, até mesmo dentro das casas; ou seja, o futebol carrega uma responsabilidade social muito grande, mais do que se imagina.

A CBF, por sua vez, nunca teve compromisso com o povo, tanto que sempre se blindaram pelo voto indireto de quem dirige a entidade e pelo poder econômico de seus dirigentes. A Confederação, assim como Bolsonaro, não terá condições de lavar as mãos por tanto sangue derramado, poderá ganhar no final do ano o prêmio de artilheiro por mortes da COVID-19.

Na contramão do Presidente e da entidade máxima do futebol brasileiro, aqueles que ocupam as arquibancadas correm o risco de rebaixamento. Sempre apresentados pela mídia como vândalos, hoje as Torcidas Organizadas colocam em risco a vida de seus associados, que através de várias ações buscam assistir aqueles que se encontram em vulnerabilidade e em situação de rua.

O futebol é do povo brasileiro e é por isso que precisa que sejam suspensas suas atividades, pra ter o cuidado que o governo federal nunca teve com o cidadão brasileiro.

Fernando Noé, secretário de comunicação do PT Santo André, foi presidente da Torcida Esquadrão Andreense.