#TodosSoltos : Escândalo do Sivam nos governos do PSDB terminou sem conclusão

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O escândalo do Caso Sivam estourou em 1995, logo no primeiro ano do mandato do presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, após “vazar” as gravações feitas pela Polícia Federal, de conversas realizadas entre o embaixador Júlio César Gomes dos Santos e o empresário José Afonso Assumpção.

Do diálogo, a articulação da dupla que defendia os interesses da empresa americana Raytheon, que arrematou, sem licitação, contrato de US$ 1,4 bilhão do Sivam (projeto complexo e tido como fundamental para controlar os 5,2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia).

 

Assumpção era representante da empresa no país, e Gomes dos Santos era chefe do cerimonial de FHC era acusado de tráfico de influência em benefício da empresa.  O até então Fernando Henrique Cardoso ficou sabendo do caso por seu secretário particular no Palácio do Planalto e que, antes do vazamento das gravações, presidia o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Outro envolvido no caso, o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Mauro Gandra, estava na linha de frente das negociações do Sivam, após o empresário Assumpção mencionar que Gandra esteve em sua casa, em Belo Horizonte.

Gandra, Graziano e Gomes dos Santos deixaram o governo FHC. As investigações seguiram na Câmara, no Senado e no Ministério Público Federal, porém, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi abafada e as acusações de corrupção e tráfico de influência nos governos do PSDB foram engavetadas e continuam sem explicação.