Vale a pena comparar – por Tiago Nogueira
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O Brasil atravessa o pior momento da pandemia do Covid 19, o país chegou a triste marca dos 365 mil mortos por essa doença. São Paulo continua sendo o epicentro, apesar de ser o estado mais rico e mais populoso, aqui também se registra o maior número de mortos, são 86 mil.
Santo André chegou a triste marca de 1600 mortos, em 16 de abril. A pergunta que fica é: estaria o governo tucano realizando uma boa gestão no enfrentamento da pandemia?
Para responder essa questão, vou apresentar alguns números e estabelecer uma comparação entre Santo André e Araraquara no combate a pandemia.
Essa comparação nos parece adequada se considerarmos alguns aspectos: ambos prefeitos foram reeleitos no primeiro turno, e dessa forma conduzem a gestão da Pandemia desde o início.
Araraquara, administrada por Edinho Silva, do PT, um município com 238 mil habitantes. Já Santo André administrada pelo tucano possui 721 mil habitantes.
Vamos a comparação:
Brasil tem 172 mortos a cada 100 mil habitantes,
Araraquara tem 136 mortos a cada 100 mil habitantes,
Santo André tem 224 mortos a cada 100 mil habitantes,
Em Santo André apresenta um alto índice de letalidade pela pandemia, se comparado aos números do Brasil, a letalidade aqui é 27% maior. Se comparado com Araraquara, esse número cresce assustadoramente para 64%.
Para medir a eficácia no combate à pandemia é necessária ressaltar que:
No Brasil, no caso dos números do país é alarmante e chama atenção das autoridades internacionais, o presidente Bolsonaro promoveu um verdadeiro absurdo na condução da saúde, defendeu tratamento precoce sem comprovação científica, foi contrário ao distanciamento social e ao uso de máscara. Atualmente, é acusado internacionalmente pelo quadro de mortes, contaminação e proliferação da COVID no planeta.
Mesmo assim, os índices de Santo André é 27% maior que apresenta o país.
Em Araraquara, a gestão do prefeito Edinho Silva, preocupado com o quadro de mortes e contaminação da cidade, promoveu medidas que preservou vidas, inclusive se antecipando a contaminação da população pelas novas variantes. Promoveu o fechamento do comércio, interrompeu e disciplinou o transporte público – um dos principais vetores da doença – e tomou medidas das autoridades estaduais e nacional para interromper o ciclo de morte entre os habitantes.
Em Santo André, ao contrário, apesar do “fechamento anunciado” isso ocorreu de forma desorganizada, era flagrante a ausência de fiscalização em várias ocasiões, transporte coletivo lotado e unidades de saúde fechadas.
Os índices de letalidade podem ser justificados pela negligência apontada, durante o ano de 2020, em que os recursos públicos foram gastos sem planejamento e o devido controle social. Foram montados e desmontados hospitais de campanha, a carreta COVID pouco utilizada, ambulâncias superfaturadas, testes acima do preço praticado pelas demais prefeituras, kit merenda atrasado e defasado, mas o principal: o abandono da periferia e da população pobre.
O “auxilio emergencial” andreense não foi criado, mas enfim a tônica foi dada pelo marketing, e mas o povo e números comprovam que faltou efetividade.
A ausência de uma política de segurança sanitária nos transportes coletivos talvez seja a principal responsável pela explosão de contaminados e mortos nas regiões periféricas da cidade. Boa parte dessa situação é resultante da forçada aglomeração a que milhares de trabalhadores e trabalhadoras estão submetidos nos transportes coletivos lotados.
O mais triste disso tudo é a total omissão da Câmara Municipal, e pior a maioria governista faz coro com as ações com baixa eficácia do prefeito e de sua equipe.
Espero que a Câmara de Vereadores assuma seu papel e fiscalize o uso dos recursos públicos, os gastos no mínimo “suspeitos” de carreta do Covid, do aluguel de ambulâncias e das compras com preços muito superiores de testes, além de outros gastos estratosféricos como de empresa de limpeza dos hospitais de campanha, entre outras despesas.
Agora vamos à comparação:
Qual governante está verdadeiramente combatendo a pandemia COVID?
Em nossa opinião Edinho Silva, do PT, cuja atuação inspirou diversas cidades e se tornou um exemplo de trabalho sério, elogiado pela mídia nacional, políticos da situação e da oposição.
Já em Santo André os números condenam sua política. Aqui as medidas são construídas pelo marketing, com muita pirotecnia, tudo baseado no enganacionismo que tem impactado e influenciado setores políticos da cidade de situação e, lamentavelmente, de oposição.
Tiago Nogueira